O estado de São Paulo registrou 19 casos suspeitos de intoxicação por metanol, o menor número desde 2 de outubro, quando a Secretaria de Estado da Saúde passou a divulgar os balanços oficiais. O total de casos confirmados permanece em 38, com seis mortes. Outros 408 casos foram descartados até esta segunda-feira (20).
O governo paulista mantém ativo o gabinete de crise criado para coordenar as ações de enfrentamento. A partir deste novo boletim, os dados passam a ser informados diretamente pela Secretaria da Saúde.
Na noite de sexta-feira (17), fiscais do Procon-SP e agentes da Polícia Civil realizaram novas vistorias em estabelecimentos da zona leste da capital. Em um deles, foram encontradas garrafas suspeitas de adulteração, sem informações de lote, que foram apreendidas e encaminhadas para análise. Em outro local, foram identificadas apenas irregularidades administrativas relacionadas ao protocolo “Não se Cale”.
Desde o início de outubro, o Procon-SP disponibiliza em seu site um canal exclusivo para denúncias de bebidas adulteradas, além de campanhas informativas sobre prevenção e consumo seguro.
A Polícia Civil informou que o número de pessoas presas nas investigações sobre venda e adulteração de bebidas subiu para 64. Quatro homens foram detidos em Santo André e um quinto suspeito foi preso pela Guarda Civil Municipal.
As operações identificaram cervejas com tampas reutilizadas, rótulos falsos e irregularidades em selos fiscais. Em uma das apreensões, foi encontrada uma vodca com selo de IPI irregular. No total, 15 estabelecimentos foram interditados e 20 tiveram suas inscrições estaduais suspensas.
Desde 29 de setembro, as forças de fiscalização apreenderam mais de 22 mil garrafas, 481,5 mil rótulos, 130 mil vasilhames vazios e 15 barris. No acumulado de 2025, os números chegam a 72 mil garrafas e 15 milhões de rótulos apreendidos.
Segundo a Secretaria da Saúde, o único caso em investigação com óbito é o de um homem de 49 anos, de Piracicaba. Entre as seis mortes confirmadas, estão três homens de 54, 46 e 45 anos, moradores da capital; uma mulher de 30 anos, de São Bernardo do Campo; e dois homens, de 23 e 37 anos, de Osasco e Jundiaí, respectivamente.
O governo estadual reforça que as ações de monitoramento e fiscalização continuam em andamento e que o gabinete de crise permanece atuando de forma integrada com os órgãos de saúde, segurança e defesa do consumidor.