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quinta-feira, 18 dezembro 2025
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Transparência corporativa: como acesso a dados empresariais impulsiona o Brasil

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Nos últimos anos, o Brasil vivenciou uma revolução silenciosa no ambiente de negócios: a democratização do acesso a informações de empresas. Essa transformação alterou profundamente a dinâmica do mercado, fortalecendo a confiança entre agentes econômicos e modernizando as práticas de fiscalização e investimento no país.

A mudança começou a ganhar força com a Lei de Acesso à Informação (LAI), sancionada em 2011, que estabeleceu diretrizes para a divulgação de dados públicos por órgãos governamentais. A norma criou as bases para um novo paradigma de transparência corporativa, permitindo que informações antes restritas ou de difícil acesso se tornassem disponíveis para qualquer cidadão.

Hoje, o Mapa de Empresas, plataforma oficial do governo federal, exemplifica essa transformação ao disponibilizar dados sobre mais de 21 milhões de empresas ativas registradas no primeiro quadrimestre de 2024. Informações como razão social, consulta CNPJ, endereço e situação cadastral podem ser consultadas publicamente através de portais governamentais, eliminando barreiras que antes dificultavam análises de mercado.

O impacto dessa abertura foi imediato no mercado de capitais. Investidores institucionais passaram a incorporar dados sobre capital social, quadro societário e histórico de alterações contratuais em suas análises de risco, refinando estratégias de alocação de recursos. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que disponibiliza demonstrações financeiras, atas de assembleias e fatos relevantes de companhias abertas, registra milhões de acessos mensais por parte de analistas buscando consulta de empresas para fundamentar decisões de investimento.

Plataformas especializadas surgiram para amplificar esse movimento. O icnpj.org, por exemplo, funciona como um diretório que centraliza dados oficiais disponíveis para consulta pública, facilitando o trabalho de cidadãos, investidores e pesquisadores que precisam localizar informações corporativas de forma ágil e estruturada.

A transformação também alcançou pequenos empreendedores e o cidadão comum. A possibilidade de verificar a regularidade de fornecedores e parceiros comerciais trouxe mais segurança para transações, reduzindo riscos e fortalecendo relações contratuais em todos os níveis do mercado.

Segundo Lélio Lauretti, economista e cofundador do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), em artigo publicado pelo Instituto Ethos, "a transparência só é completa quando envolve a franqueza, que consiste em expor tanto os dados positivos como os negativos do desempenho da empresa". Lauretti destacou que a cultura de transparência empresarial ainda apresenta desafios no Brasil, especialmente quanto à padronização de formatos de dados e atualização periódica de informações.

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