24.4 C
Tamboré
sexta-feira, 8 agosto 2025
Publicidade • Anuncie Aqui

Exigências ambientais desafiam siderúrgicas brasileiras

Publicidade • Anuncie Aqui

A indústria siderúrgica brasileira vive um momento de transformação diante das crescentes exigências dos órgãos ambientais. Em um cenário marcado por mudanças regulatórias, pressão por descarbonização e busca por práticas sustentáveis, empresas do setor têm investido em soluções tecnológicas e estratégias de gestão para manter a conformidade legal e a competitividade no mercado.

Segundo Marcelo Mendes, diretor da Monto Industrial, o rigor da legislação ambiental brasileira é um dos principais desafios enfrentados na operação de usinas siderúrgicas no Brasil.

“Dentre as várias exigências da legislação ambiental, uma das mais rigorosas diz respeito ao controle unificado das emissões atmosféricas, principalmente materiais particulados e gases ácidos (SOx, NOx), e é justamente nesta área que temos buscado apoiar os nossos clientes do ramo de siderurgia, no sentido de que suas plantas se ajustem às exigências da legislação ambiental, cada dia mais rigorosa no Brasil e no mundo”, explica.

Além das obrigações legais, o licenciamento também fomenta práticas como a eficiência energética e a redução de gases de efeito estufa (GEE), alinhando-se às metas globais de sustentabilidade. Mendes destaca que regras mais restritivas exigem soluções tecnológicas mais robustas, o que pode elevar o investimento necessário (CAPEX) para novos empreendimentos.

Nesse contexto, a Monto Industrial, empresa EPCista (Engineering, Procurement and Construction), tem buscado atuar como parceira estratégica das siderúrgicas. A companhia projeta e implementa sistemas de engenharia ambiental, como filtros de manga e precipitadores eletrostáticos, voltados ao despoiramento das plantas industriais.

“Entregamos soluções sob medida aos nossos clientes, que visam atender aos mais exigentes requisitos da legislação ambiental, evidenciando a responsabilidade ambiental de cada um deles, assim como o pleno domínio das tecnologias necessárias por parte do nosso corpo técnico”, afirma o executivo.

A discussão em torno do novo Marco Legal do Licenciamento Ambiental PL nº 2.159/2021, atualmente em tramitação no Congresso Nacional, também tem gerado atenção no setor. A proposta busca uniformizar procedimentos e simplificar processos, mas levanta preocupações sobre possíveis flexibilizações.

Mendes observa que, independentemente das mudanças legislativas, o principal motor de transformação é a demanda do mercado global por uma produção de baixo impacto ambiental. “As empresas investem em tecnologias limpas não apenas para cumprir a legislação, mas para garantir acesso a mercados e manter sua competitividade”, ressalta.

“Vale notar que órgãos ambientais locais possuem autonomia para definir limites de emissão e padrões de sustentabilidade mais rigorosos, muitas vezes com exigências comparáveis às da legislação da União Europeia, considerada como uma das mais avançadas no mundo”, acrescenta.

Indicadores de controle

Para manter a conformidade, as siderúrgicas precisam monitorar continuamente diversos indicadores ambientais. Entre eles estão a concentração de material particulado, SOx e NOx nas emissões atmosféricas, parâmetros dos efluentes líquidos, como pH, metais e óleos, a geração e destinação de resíduos sólidos conforme o Plano de Gerenciamento de Resíduos, e o consumo energético, além das emissões de GEE.

“Estes requerimentos são frequentemente incluídos como condicionantes nas licenças e reportados em inventários e relatórios de sustentabilidade”, aponta Ivan Jankov, gerente de tecnologias ambientais da Monto Industrial. O não cumprimento das exigências ambientais pode acarretar sérios riscos legais e operacionais. Multas, embargos, interdições, ações judiciais por danos ambientais e processos trabalhistas por doenças ocupacionais relacionadas à poluição estão entre os principais. “Devemos mencionar também os danos à reputação e restrições de crédito, especialmente por instituições financeiras que seguem critérios ESG e as exigências do Banco Mundial”, explica Ivan.

Crescimento consciente na siderurgia

A pressão pela descarbonização tem impulsionado a substituição de combustíveis fósseis por alternativas de menor impacto, como o hidrogênio verde e o carvão vegetal de origem controlada. Segundo um estudo da Global Energy Monitor, a matriz energética renovável brasileira e as reservas de minério de ferro de alta qualidade colocam o país em posição estratégica para liderar a produção de aço verde.

No campo da economia circular, de acordo com o gerente de tecnologias ambientais da Monto, algumas iniciativas têm buscado transformar resíduos dos processos siderúrgicos, antes considerados passivos ambientais, em novos produtos.

Para Jankov, o futuro da siderurgia está diretamente ligado à capacidade de adaptação das empresas às exigências ambientais e às tendências globais de sustentabilidade. “A Monto Industrial continuará apoiando seus clientes com soluções que buscam conciliar desempenho técnico, responsabilidade ambiental e viabilidade econômica”, conclui.

Para saber mais, basta acessar: https://www.grupomonto.com.br/

Você sabia? O Jornal de Barueri também está no Google Notícias.
Inscreva-se agora e fique sempre atualizado com as últimas notícias.
show-notify-publicidade-legal

JB Stories

Leia Também

Publicidade • Anuncie Aqui
Publicidade • Anuncie Aqui
Publicidade • Anuncie Aqui

Leia Também

error: Conteúdo Protegido.