Manifestantes contrários ao resultado das eleições bloqueiam Castello Branco

Grupos bolsonaristas
Grupos bolsonaristas tentaram atear fogo a pneus, mas foram impedidos pela PM (Foto: Bruno Bonfim)

Além dos caminhões posicionados em frente ao centro de distribuição da Petrobras, em Barueri, desde a tarde desta segunda-feira (31), outros 20 manifestantes impediram com caminhões e galhos a passagem de veículos no km 26 da Castello Branco e ‘fecharam’ a rodovia, sentido interior, por volta das 19h30. Segundo testemunhas, eles tentaram atear fogo a pneus, mas foram impedidos por integrantes da Polícia Militar que acompanham a ocorrência.

A CCR ViaOeste informou, por volta das 21h15, que foi feito um bloqueio parcial de pista no sentido interior. O tráfego segue pela faixa da esquerda. O sentido leste encontra-se com bloqueio total, congestionamento chega a 5 quilômetros.

No Km 19+700, rodovia Castello Branco, região de Osasco há bloqueio total da pista sentido interior com 1km de congestionamento.

No Km 52 da rodovia Castello Branco, em Araçariguama, manifestantes bloquearam ambos os sentidos. Às 21h15 , os reflexos são de 3 quilômetros no sentido capital. O fluxo de veículos está concentrado na faixa da direita. No sentido interior, são 2 quilômetros com bloqueio total de via.

O movimento foi iniciado ainda no domingo em diversos estados como Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais e Goiás, logo após a derrota do presidente Jair Bolsonaro, que tentava a reeleição, para Luiz Inácio Lula da Silva, eleito no segundo turno, neste domingo (30). O grupo não aceita o resultado das urnas e pede intervenção militar.

Multa

Atendendo a pedido da Confederação Nacional de Transportes e da Procuradoria-Geral Eleitoral, o Ministro Alexandre de Moraes determinou, na noite desta segunda, que a Polícia Rodoviária Federal e Polícias Militares, no âmbito de suas respectivas competências, liberem estradas e desobstruam pistas, a partir meia-noite, com multa de R$ 100 mil por proprietário de veículo que obstrua a pista.

Sem representatividade
Apesar dos manifestantes se apresentarem como caminhoneiros, Wallace Landin, conhecido como Chorão, líder de uma associação nacional que representa a categoria, diz que não reconhece a mobilização. “A gente precisa reconhecer a vitória e parabenizar Lula. Sobre a categoria, temos que ter alinhamento com o próximo governo sobre questões que defendemos e não foram atendidas pelo governo de Bolsonaro. Esse movimento de parar o país só vai prejudicar a nossa economia”, afirmou Chorão.