Um novo capítulo pode se abrir no caso do assassinato de Larissa Manuela Santos de Lucena, de 10 anos, morta no dia 12 de junho dentro de casa, no Jardim Silviera, em Barueri. A defesa da família da menina protocolou na Justiça um pedido de exumação do corpo para a realização de uma nova perícia, com foco na investigação de possível violência sexual anterior ao homicídio.
No documento, os advogados afirmam que surgiram novos elementos que apontam para a possibilidade de Larissa ter sido vítima de abuso sexual. Eles destacam que essa hipótese não foi examinada de maneira específica nem aprofundada na primeira necropsia realizada pelo Instituto Médico Legal. A petição inclui ainda relatos e informações repassadas de forma informal à família, que reforçam a necessidade de um novo exame pericial.
Entre os indícios mencionados pela defesa está o fato de que, na última semana, uma mulher procurou a polícia para acusar Diego Antonio Sanches Magalhães, de 32 anos, padrasto da vítima e réu confesso do assassinato, de tê-la violentado sexualmente. A denúncia será apurada pela Polícia Civil, que deve abrir inquérito para investigar a nova acusação. O histórico pode reforçar a tese de que o crime contra Larissa teria envolvido também motivação sexual.
A defesa da família solicita à Justiça a exumação do corpo no Cemitério Municipal de Barueri, a designação de novos peritos do IML, a coleta de material biológico com análise perineal e genital, e a inclusão do novo laudo aos autos do processo. Os advogados também pedem que a diligência tenha prioridade, dada a gravidade dos fatos.
Réu confesso
Sanches confessou ter matado Larissa após uma discussão. Em depoimento à Polícia Civil, relatou que se descontrolou depois de a menina supostamente tê-lo chamado de “corno” durante uma conversa sobre a mãe dela, Adenúzia Silva. Segundo ele, puxou a criança da cama, jogou-a no chão e foi até a cozinha buscar uma faca, com a qual cometeu o crime.
Agora, com o possível surgimento de uma motivação sexual para o assassinato, a investigação pode ganhar contornos ainda mais graves. A defesa aguarda decisão da Justiça sobre o pedido de exumação e nova perícia.