Dezembro Vermelho chegou, marcando o mês de conscientização e enfrentamento ao HIV/AIDS. Neste 1º de dezembro, a campanha ganha destaque em todo o país, reforçando a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento contínuo.
Em Barueri, o cuidado especializado é oferecido pelo SAE (Serviço de Atendimento Especializado), que realiza um trabalho completo de acolhimento e assistência às pessoas vivendo com HIV e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).
O atendimento é feito na Rua Padre Donizeti Tavares de Lima, 74 – Vila São Francisco das 7h às 16h; telefone (11) 4198-8377 | Programa IST/AIDS – ramal 11.
O serviço disponibiliza testes rápidos de HIV, sífilis e hepatites B e C, tratamento médico e acompanhamento psicológico e social, distribuição de preservativos, acesso a PEP e PrEP e ações educativas e palestras de conscientização.
Índice de Estigma em Relação às Pessoas Vivendo com HIV
Segundo o Índice de Estigma em Relação às Pessoas Vivendo com HIV 2025, divulgado pelo UNAIDS, 52,9% das pessoas soropositivas já sofreram algum tipo de discriminação, e 38,8% foram alvo de comentários ou boatos.
Dados preliminares do Sinan mostram a dimensão do problema: foram registrados 23.055 casos de sífilis adquirida e 4.743 novos diagnósticos de HIV/AIDS no último ano no Brasil.
Preconceito
Para o psicólogo da Afya Montes Claros, Carlos André Moreira, o impacto emocional do preconceito ainda pesa mais que os efeitos do vírus. “O estigma afeta profundamente a saúde mental, reforça exclusão, culpa e medo do julgamento. Muitas vezes, o sofrimento não vem do vírus, mas da forma como a sociedade encara o HIV.”
Ele reforça que, mesmo com tratamentos eficazes, o diagnóstico ainda causa medo, especialmente entre jovens. “Ainda que não represente mais uma sentença de morte, o HIV desperta julgamentos morais. Comentários e atitudes cotidianas perpetuam estigmas e dificultam o acolhimento.”




