Casos de dor no joelho e na coluna estão entre as principais causas de perda de qualidade de vida no país. Segundo dados preliminares da última edição do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos (ELSI-Brasil), financiado pelo Ministério da Saúde, as dores crônicas fazem parte do cotidiano de 36,9% dos brasileiros com mais de 50 anos.
Dentre as pessoas que convivem com esse problema, 30% usam opioides para aliviar os sintomas. De acordo com o estudo, a dor crônica é mais frequente entre mulheres e aqueles com diagnóstico de artrite, dor nas costas/coluna, com histórico de quedas e hospitalizações, entre outros.
Nesse panorama, o Dr. Carlos Eduardo Pratti, médico ortopedista especialista em cirurgia do joelho e medicina esportiva, chama a atenção para a importância de protocolos integrativos que vão além do tratamento ortopédico tradicional, combinando nutrição, atividade física supervisionada, controle do peso e mudanças de hábitos como forma de reduzir dores, prevenir lesões e acelerar a recuperação funcional.
Ele destaca que os idosos são o grupo de pessoas que mais sofre com dores no joelho e na coluna atualmente. "O brasileiro está vivendo mais. Naturalmente, vai haver um desgaste maior das articulações e na cartilagem que as reveste. Por isso, esses pacientes eventualmente vão ter dor".
Dr. Carlos Pratti é responsável pelo Instituto Articulare, localizado em Vitória (ES). Ele destaca que tanto na coluna quanto no joelho, o envelhecimento é uma causa natural. "É possível fazer atividades e prevenções para que não apareça a dor, mas o motivo básico é esse", explica.
O médico revela que o segundo grupo que tem dor, tanto no joelho quanto na coluna, são os obesos sedentários. "O sedentário tem essa dor por falta de movimento articular. Trata-se de um grupo que sobrecarrega as articulações e passa grande parte do dia sentado, trabalhando, com um nível alto de estresse. E, na coluna, podemos associar uma má postura que esse grupo tem em seu ambiente de trabalho", frisa.
Segundo Dr. Carlos Pratti, o terceiro grupo que mais sofre com esse tipo de problema são os atletas. "Eles [atletas], por vezes, fazem atividades de uma maneira que o corpo ainda não suporta. Hoje, há um aumento no número de pessoas que fazem corrida sem preparação e já iniciam um impacto tanto no joelho quanto na lombar, o que gera dor", observa. "Esse grupo precisa de uma preparação antes de fazer atividade física. Praticantes de crossfit e beach tennis vivem a mesma situação", acrescenta.
De acordo com o especialista, o Instituto Articulare desenvolveu protocolos integrativos a fim de abordar todas as etapas da lesão que se diferenciam de um atendimento ortopédico convencional. "Quando o paciente chega ao instituto com uma dor, é atendido por um ortopedista que faz a avaliação da lesão e pode encaminhar para outras especialidades, além de nutrólogos e nutricionistas", explica.
Segundo Dr. Carlos Pratti, o paciente que busca a clínica tem um especialista à disposição para avaliar a vascularização e um especialista clínico geral para verificar toda a etapa e todo o check-up de saúde. "E se for preciso procurar áreas fora da medicina, como a fisioterapia para a reabilitação da lesão, o paciente também encontrará no instituto", frisa.
O médico destaca que diversas especialidades estão envolvidas no modelo de cuidado multidisciplinar desenvolvido pelo instituto a fim de contribuir para a recuperação do paciente. "Para pacientes que vão fazer um protocolo de tratamento de dor por tendinopatia, condropatia e afins, por exemplo, temos ortopedistas, além de especialistas em joelho, ombro, cotovelo, tornozelo e pé", detalha.
Segundo Dr. Carlos Pratti, o instituto também atua com reumatologistas para os casos em que é necessário acompanhamento conjunto, com o suporte de um clínico médico – com especialização em clínica médica, que pode acompanhar todas as etapas do atendimento, assim como as questões de saúde que possam estar associadas.
O paciente também tem acesso a educadores físicos que podem desenvolver treinos para suas lesões. "O médico conversa com o personal e educador físico, que monta os treinos e faz todo o acompanhamento on-line", diz. "Já na parte do emagrecimento, temos nutrólogos para acompanhamento junto dos nutricionistas", complementa.
O responsável pelo Instituto Articulare conta que há casos em que a cirurgia ainda é indicada, mas, muitas vezes, é possível evitar o procedimento com reabilitação adequada. "Temos hérnias de disco como a lesão mais comum da coluna que, na maioria das vezes, não precisa de cirurgia. O tratamento é fisioterápico, alongamento e medicação associada".
Dr. Carlos Pratti destaca que, nesse caso, quando é feita uma intervenção, são os bloqueios para a dor – com isso, 90% das cirurgias são evitáveis. "Em questão de joelho, há lesões que são mandatoriamente cirúrgicas. Lesões meniscais graves, artrose avançada e lesões ligamentares, em que há um déficit de estabilidade por causa da lesão, são cirúrgicas. Só que o tratamento pode tanto evitar alguns casos, quanto melhorar muito o resultado pós-operatório", observa.
Então, prossegue, independentemente de ser feita uma cirurgia ou não, existe o tratamento conservador daquele caso. "O paciente, às vezes, não pode operar por um motivo de saúde ou não quer. E nós temos o que fazer para diminuir a dor e evitar a piora. Até em casos que são predominantemente cirúrgicos. Obviamente, o paciente vai ser avisado de que, em seu caso, é necessária uma abordagem, mas opções serão dadas a esse paciente", esclarece.
Concluindo, Dr. Carlos Pratti ressalta que o Instituto Articulare atua com processos bem traçados para os pacientes que seguem a abordagem integrada. "O nosso objetivo é que, ao final do protocolo do tratamento, o nosso paciente esteja com menos dor do que no início. Nem sempre é possível cura. Mas, sempre é possível o tratamento, a fim de controlar, cuidar, amenizar ou aliviar", afirma.
Para mais informações, basta acessar: https://institutoarticulare.com.br/