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quarta-feira, 30 abril 2025
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Realização de cirurgias robóticas cresce no Brasil

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O número de cirurgias robóticas feitas de 2018 a 2022 (88 mil), é 417% maior que as operações realizadas com o uso da técnica entre 2009 e 2018, período em que somam 17 mil, de acordo com dados publicados pelo jornal O Estado de São Paulo e divulgados pela Associação Médica Brasileira (AMB).

De acordo com a matéria, a primeira cirurgia robótica foi feita no Brasil há 15 anos e a chegada de dois novos fornecedores de equipamento no Brasil ampliou de 51 para 111 robôs. O aumento da concorrência permitiu a redução de 30% a 50% no custo do procedimento para os pacientes e ampliou o número de estabelecimentos de saúde que oferecem o serviço.

Dr. Sebastián Bustos, médico-cirurgião oncológico e especialista em cirurgia robótica, esclarece que a cirurgia robótica é uma técnica minimamente invasiva que utiliza um sistema robótico que se acopla ao paciente no ato cirúrgico e é controlado pelo cirurgião para a realização dos procedimentos com maior precisão.

“O robô é um instrumento e a cirurgia é desenvolvida única e exclusivamente pelo cirurgião. Ele controla os braços robóticos a partir de um console, onde visualiza a área operada em alta definição e 3D. Os movimentos do cirurgião são traduzidos pelo robô em ações mais precisas e estáveis, eliminando tremores e ampliando a capacidade de manobra em espaços reduzidos”, explica o cirurgião.

Segundo o médico, as pinças do sistema robótico possuem articulações que imitam os movimentos da mão humana. “Uma dúvida frequente é se o sistema opera de forma autônoma. Não, o robô não opera de forma autônoma, ele funciona como uma extensão das mãos do cirurgião”.

Dr. Sebastián Bustos destaca que, por permitir incisões menores, a cirurgia robótica reduz a exposição a agentes infecciosos e a necessidade de suturas extensas, o que diminui significativamente o risco de infecção hospitalar. “A menor agressão aos tecidos resulta em menos dor pós-operatória, menor resposta inflamatória ao trauma, menor necessidade de analgésicos e possibilita um tempo de recuperação mais rápido para o paciente”.

Cirurgia robótica oncológica ginecológica

De acordo com o médico, atualmente os especialistas reforçam os benefícios da tecnologia robótica, principalmente em cirurgias urológicas e ginecológicas, devido ao aumento do nível de precisão e por reduzir, consequentemente, o risco de complicações e sequelas e o tempo de recuperação. 

O cirurgião Dr. Sebastián Bustos, que atua no tratamento de câncer ginecológico e colorretal no Rio de Janeiro (RJ), pontua que a recuperação costuma ser mais rápida do que na cirurgia aberta e muitas vezes o paciente tem alta em poucos dias.

“Com menos dor e menos complicações pós-operatórias, como infecções e sangramentos, a necessidade de reabilitação prolongada diminui. Além disso, nos casos que necessitem de quimioterapia adjuvante, o menor tempo de recuperação pós-operatória permite que o tratamento seja iniciado mais rapidamente, o que impacta positivamente os resultados oncológicos”, ressalta o profissional.

No entanto, Dr. Sebastián Bustos assinala que apesar dos benefícios, a cirurgia robótica oncológica ainda enfrenta desafios. “Nem todos os tipos de câncer ou estágios avançados da doença são candidatos ideais para cirurgia robótica. Em casos de tumores muito grandes, por exemplo, muitas vezes a abordagem convencional é preferida porque, para retirar a peça cirúrgica, é necessário realizar uma abertura da cavidade abdominal”.

O especialista enfatiza que entre as tendências futuras da cirurgia robótica oncológica está a incorporação da Inteligência Artificial (IA) para aprimorar a precisão dos movimentos, da realidade aumentada para melhorar a visualização intraoperatória e o uso de novas plataformas para otimizar a remoção dos tumores com mais segurança. 

“Os avanços em biomarcadores e imagem intraoperatória poderão auxiliar na delimitação mais precisa das margens tumorais, tornando os procedimentos cada vez mais eficazes”.

O Instituto Vencer o Câncer divulgou que 60% dos tumores podem ser curados exclusivamente por cirurgia e que o Brasil ocupa a 9ª posição em número de plataformas e a 10ª em número de cirurgias robóticas no ranking global, considerando todas as cirurgias, não apenas oncológicas. Segundo a organização, atualmente os robôs são equipados com softwares de gestão de tempo, de qualidade e de utilização de material, em que a própria IA consegue perceber e, por questões de segurança, ajustar os movimentos para evitar lesões em outros órgãos.

Para saber mais, basta acessar: https://drsebastianbustos.com.br/

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