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segunda-feira, 30 junho 2025
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Obesidade em animais domésticos avança e exige maior atenção de tutores e profissionais

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Uma pesquisa realizada pela consultoria Censuswide, a pedido da empresa Royal Canin, avaliou os hábitos alimentares de cães e gatos no Brasil e o papel da nutrição na prevenção e controle da obesidade em animais domésticos. O estudo foi conduzido em março de 2025 com 2.000 tutores e 250 médicos-veterinários, e integra um levantamento global que contempla oito países.

Segundo os dados, 48,6% dos tutores entrevistados afirmaram oferecer alimentos destinados ao consumo humano a seus pets. Entre os itens mais comuns estão comidas cozidas (50,6%), vegetais (41%) e carne crua (35,6%). A prática preocupa especialistas, pois pode gerar desequilíbrios calóricos e nutricionais, além de riscos microbiológicos, como a exposição à bactéria Salmonella spp., que pode afetar tanto animais quanto humanos.

A pesquisa também indicou que 39,5% dos tutores acreditam que a oferta de comida humana não causa danos à saúde dos pets, enquanto 36,5% dizem fazê-lo para agradar os animais. Outros 60,1% afirmaram utilizar alimentos como resposta a comportamentos associados à tristeza, tédio ou solidão dos animais. Esses dados apontam para a necessidade de reforço na comunicação entre veterinários e tutores sobre práticas alimentares equilibradas e seguras.

Além da alimentação, a baixa atividade física foi apontada como um fator relevante no desenvolvimento da obesidade. Entre os tutores, 41,9% indicaram o sedentarismo como a principal causa da condição. Outros 50,9% relataram dificuldade em manter os pets fisicamente ativos como um desafio para o controle de peso. A obesidade em animais, segundo os especialistas, é uma condição multifatorial que também pode envolver predisposição genética e manejo inadequado da rotina.

A maioria dos tutores (75,8%) declarou buscar orientações sobre obesidade em animais com médicos-veterinários, o que, segundo os autores da pesquisa, reforça o papel central desses profissionais no direcionamento de cuidados preventivos. Entre os 250 veterinários consultados, 94,8% relataram aumento nos casos de obesidade nos últimos anos, sendo que 58% observaram uma elevação maior após a pandemia de Covid-19.

Ainda assim, segundo a pesquisa, muitos profissionais enfrentam barreiras na comunicação com os tutores sobre o tema. Cerca de 57,6% indicaram que os tutores tendem a subestimar os riscos do excesso de peso, o que dificulta a adesão às recomendações. Além disso, estudos anteriores apontam que poucos veterinários registram formalmente diagnósticos como “sobrepeso” ou “obesidade” em prontuários clínicos, revelando uma possível resistência em abordar diretamente o tema.

A pesquisa mostra que os riscos da obesidade em pets são amplamente reconhecidos: 56,9% dos tutores associam a condição a doenças cardíacas e hipertensão, 47,8% a diabetes tipo 2, e 42,3% a problemas respiratórios. Os dados também destacam outras possíveis consequências, como doenças articulares, pancreatite e disfunções hepáticas.

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