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sexta-feira, 6 junho 2025
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Construção civil avança e quase 50% das empresas já têm práticas sustentáveis

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O compromisso com a sustentabilidade já é uma realidade para mais da metade das empresas brasileiras, segundo o novo Panorama da Sustentabilidade Corporativa 2025, produzido pela Amcham Brasil em parceria com a Humanizadas. O estudo mostra que 52% das empresas no país estão engajadas de forma concreta com práticas sustentáveis, um salto em comparação aos 41% registrados no ano anterior.

De acordo com a Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto (ABCIC), quase 50% das construtoras já consideram critérios ambientais como fatores determinantes em seus projetos. Organizações como a Emccamp Residencial e a Ampla Urbanismo, empresa especializada em projetos de loteamento e desenvolvimento urbano do Grupo EPO, mostram que é possível aliar inovação, rentabilidade e impacto positivo, contribuindo de forma concreta com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, especialmente os ODS 11 (Cidades e Comunidades Sustentáveis) e 12 (Consumo e Produção Responsáveis).

Compromisso ambiental que começa na fundação

Com quase 50 anos de história, a Emccamp Residencial vem ampliando sua atuação ambiental em todos os níveis da operação. Em 2024, a empresa realizou o plantio de 23 mil árvores nativas, entre ações compensatórias e de paisagismo, como parte da política de contribuição ativa com a biodiversidade local.

Segundo Rodrigo do Nascimento, coordenador de meio ambiente da Emccamp, o compromisso com o meio ambiente faz parte da identidade da companhia. “A sustentabilidade não está apenas em nossos canteiros de obras, mas se estende à forma como planejamos nossos produtos, gerimos recursos e lidamos com a comunidade e o entorno.”

Entre as ações sustentáveis mais recentes da Emccamp estão a substituição da frota para uso exclusivo de etanol, reduzindo quase 10 toneladas de CO₂ por mês, e a adoção do conceito paperless, com projetos digitais e menor uso de papel. A empresa também investe em energia solar, como no residencial Árbor Atlântica, em São Paulo (SP), que reúne soluções sustentáveis como hortas comunitárias, áreas permeáveis, captação de água da chuva e coleta seletiva, alinhadas ao Selo Azul da Caixa.

Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) próprias foram implantadas pela empresa em locais sem rede pública. Também foram adotados sistemas de reaproveitamento de água que recolhem a água de pias para uso em mictórios, entre outras iniciativas.

Urbanismo sustentável e proteção à biodiversidade

Na avaliação de Alexandre Nagazawa, arquiteto urbanista e diretor da Bloc Arquitetura Imobiliária, o mercado imobiliário precisa ir além do estabelecido por normas. “A urgência climática exige uma postura propositiva: é preciso devolver mais à sociedade e ao meio ambiente, por meio de projetos que, com criatividade e bom design, contribuam positivamente para a paisagem, a vida comunitária e a saúde ambiental dos territórios”, afirma o arquiteto. O especialista ainda enfatiza que as empresas devem abraçar o compromisso de deixar um legado que transcende a edificação em si. 

Adriano Manetta, vice-presidente da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato da Habitação de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG), considera que a disponibilidade de parques e áreas verdes é também um dos elementos de valorização imobiliária. “Antes disso, o mais importante era a oferta de comércio e serviços nas proximidades da residência; uma área verde, portanto, deve produzir uma percepção de valor aos imóveis”, analisa Manetta.

Na visão da gerente de meio ambiente do Grupo EPO, Juliana Santos, a sustentabilidade também vai além de certificações: ela deve ser pensada desde o planejamento urbano até a convivência nos empreendimentos. Por meio da Ampla Urbanismo, a empresa tem atuado com foco na conservação da biodiversidade, com a proteção de espécies nativas, corredores ecológicos e Áreas de Preservação Permanente integradas aos projetos imobiliários.

“Para além da obra finalizada e produtos imobiliários, buscamos oferecer um modelo de urbanização que valoriza a paisagem, protege os recursos naturais e fortalece o senso de pertencimento com a natureza, o que é essencial em um planejamento nos dias atuais. A promoção de uma vida mais conectada ao meio ambiente, por vezes, exige a restauração de ambientes naturais para possibilitar a integração entre cidade, arquitetura e natureza de maneira fluida”, destaca.

Entre as iniciativas em destaque, está a proteção de habitats naturais por meio da manutenção de Áreas de Preservação Permanente (APPs) e áreas verdes integradas aos projetos, como nos empreendimentos Jardim da Serra e Oásis da Serra, ambos em Sete Lagoas (MG), e no Quintas de Cachoeira, entre Cachoeira do Campo e Glaura, na região de Ouro Preto.

A recuperação da Lagoa da Chácara, em Sete Lagoas, também é um projeto emblemático. O corpo d’água, que estava seco há mais de 40 anos, teve sua lâmina d’água restaurada por meio da escavação do leito e da construção de uma rede de drenagem que agora permite o escoamento gradual da água para o córrego do Diogo, reduzindo riscos de alagamento e reconstituindo o ecossistema local. O projeto também prevê a preservação da mata adjacente à lagoa e aos cursos d’água presentes no terreno.

Outro destaque é o monitoramento de fauna em áreas de atuação, como no Quintas de Cachoeira. “Este acompanhamento é essencial para garantir que nosso progresso caminhe lado a lado com a preservação ambiental. Em áreas como o Quintas de Cachoeira, essa prática não só amplia o conhecimento sobre a biodiversidade local, mas também orienta a execução de nossas obras de forma mais responsável e sustentável”, destaca Juliana.

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