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segunda-feira, 23 junho 2025
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Negócios de impacto ganham espaço no mercado

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Durante muito tempo, prevaleceu a ideia de que as empresas precisavam escolher entre lucro e impacto social. Essa visão, porém, vem sendo reavaliada por uma nova geração de empreendedores que demonstra que propósito e rentabilidade não apenas podem coexistir, como também se fortalecem mutuamente.

Um estudo da consultoria Zeno Group indicou que marcas com um propósito claro e bem comunicado apresentam vantagem competitiva significativa: consumidores têm de quatro a seis vezes mais chances de comprar, confiar, defender e apoiar empresas alinhadas a valores consistentes. Essa tendência revela uma mudança no modo como organizações são avaliadas — não apenas pelo desempenho financeiro, mas também pela relevância do impacto que geram.

Esse movimento é observado por Barbara de Souza Pinto, empreendedora serial na área da saúde, com foco na criação de soluções que integram impacto social e ambiental ao modelo de negócio desde a origem.

“Na criação de empresas, eu somente crio projetos que beneficiam todos os stakeholders: clientes, investidores, a sociedade e o planeta”, afirma Barbara de Souza. “Muitos se questionam se isso é de fato possível — e não somente é possível, mas pode levar à geração de maior retorno econômico quando todos os elementos da empresa são bem pensados para atender às necessidades dos stakeholders”, explica.

A abordagem é respaldada por dados. Um levantamento global da PwC revelou que 83% dos consumidores esperam que as empresas atuem de forma ativa na promoção de boas práticas sociais e ambientais. Já o relatório ESG and Financial Performance, publicado pela NYU Stern School of Business em 2021, analisou mais de mil estudos e concluiu que 58% demonstraram correlação positiva entre práticas ESG e desempenho financeiro. Apenas 8% indicaram correlação negativa.

Barbara de Souza destaca que adotar critérios de impacto exige planejamento estratégico desde a fase de concepção. “Requer um processo intenso de estruturação, com diretrizes claras para garantir coerência à medida que a empresa cresce e evolui”.

Para a especialista, na prática, negócios de impacto têm buscado integrar métricas financeiras e de impacto em seus processos, oferecendo soluções para desafios sociais reais com modelos economicamente viáveis. Essa integração permite alinhar interesses de investidores, consumidores e comunidades, promovendo o conceito de valor compartilhado — cada vez mais presente em fundos de investimento, programas de aceleração e políticas públicas voltadas à inovação sustentável.

“Nesse contexto, a construção de empresas orientadas por propósito deixa de ser uma tendência emergente e se consolida como estratégia de longo prazo. A exigência por transparência, responsabilidade e governança socioambiental passou a ocupar papel central na avaliação de desempenho empresarial. Organizações que incorporam impacto desde o início se posicionam de forma mais sólida diante das demandas de um mercado em transformação”, ressalta.

Atualmente, Barbara de Souza é cofundadora e CEO da Atlas Saúde (Antes chamada de NestSaúde), uma healthtech brasileira que conecta gratuitamente organizações de saúde e pacientes por meio de uma plataforma digital. A empresa já coleciona prêmios e é destaque entre os maiores experts do cenário internacional por sua inovação, impacto social e capacidade de expansão.

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