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segunda-feira, 15 setembro 2025
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Estudo aponta dados sobre confiança do empresário industrial

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Segundo os dados apresentados do Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) registrou queda em agosto de 2025 em todos os portes de empresas — pequenas, médias e grandes. O levantamento indica que apenas quatro setores industriais permaneceram acima da linha de 50 pontos, que sinaliza confiança, enquanto os outros 25 revelaram falta de confiança para os próximos seis meses. A pesquisa foi realizada entre 1º e 12 de agosto, com 1.818 empresas de diferentes portes.

Conforme informado na publicação, os setores que mantiveram confiança foram Farmoquímicos e farmacêuticos (57,9 pontos), Extração de minerais não metálicos (51,7 pontos), Bebidas (50,8 pontos) e Máquinas e materiais elétricos (50,6 pontos). No entanto, segmentos como Manutenção e reparação (42,7), Madeira (42,4), Produtos de borracha (42,3) e Metalurgia (40,2) ficaram entre os menos confiantes do mês, mostrando retração em comparação a julho.

Relatório aponta dados que evidenciam um recuo disseminado entre diferentes ramos da indústria. Dos 29 setores avaliados, 20 apresentaram queda, incluindo os de Calçados e suas partes, Impressão e reprodução e Manutenção e reparação, que migraram de confiança para falta de confiança em agosto. A Indústria de transformação, por exemplo, caiu de 47,7 pontos em julho para 46,2 pontos em agosto, reforçando a tendência negativa.

José Antônio Valente, diretor da empresa de locação de equipamentos para construção civil, Trans Obra, afirmou que o recuo disseminado da confiança industrial, atingindo 25 setores, mostra que o ambiente de negócios está mais cauteloso e reflete o impacto direto sobre decisões de investimento e expansão. Para o mercado de franquias de aluguel de equipamentos para construção, esse movimento acende um alerta, já que segmentos como manutenção, madeira e metalurgia — que são demandantes de insumos e equipamentos — aparecem entre os menos confiantes. "A retração nessas áreas pode levar a uma desaceleração temporária na procura por locação de máquinas. Por outro lado, setores que mantiveram índices acima dos 50 pontos, como farmoquímicos, farmacêuticos e extração de minerais não metálicos, podem sustentar a demanda em obras específicas, criando oportunidades pontuais para empresas de aluguel de equipamentos que atuam de forma diversificada e regionalizada".

No recorte regional, o ICEI mostrou que apenas a região Nordeste se manteve acima dos 50 pontos, registrando 50,8, ainda que em queda de 0,7 ponto em relação a julho. Já as regiões Norte (47,9), Sudeste (44,5) e Sul (43,6) passaram a apresentar falta de confiança ou aprofundaram esse movimento. No Centro-Oeste, houve leve melhora de 0,2 ponto, atingindo 47,7, mas ainda dentro da faixa que indica pessimismo.

Os resultados também variam conforme o porte das empresas. De acordo com o levantamento, a confiança caiu 0,4 ponto nas pequenas (46,3), 1,2 ponto nas médias (46,0) e 2,0 pontos nas grandes (46,6). Em todos os casos, o índice permanece abaixo de 50 pontos, reforçando o cenário de baixa expectativa em relação ao desempenho do setor industrial nos próximos meses.

A CNI ressalta que o ICEI varia de 0 a 100 pontos, sendo que valores acima de 50 indicam confiança e abaixo de 50 revelam falta de confiança. "Em agosto de 2025, a confiança da indústria caiu entre quase todos os setores e portes de empresas, mostrando uma percepção mais cautelosa dos empresários em relação ao futuro próximo", destaca a publicação. Mais informações e séries históricas estão disponíveis no portal da entidade.

Perguntado sobre o relatório, José Antônio disse que para o setor de franquias de aluguel de equipamentos, isso indica que o planejamento deve considerar uma forte segmentação geográfica: regiões como Sul e Sudeste, com índices mais baixos, tendem a reduzir o ritmo de investimentos, impactando diretamente os contratos de locação. José disse ainda que no Nordeste, mesmo com um recuo, ainda há espaço para negócios e expansão controlada. "A queda mais acentuada na confiança das médias e grandes empresas sugere que o mercado de obras de maior porte pode adiar projetos, enquanto as pequenas, apesar de também retraídas, podem buscar o aluguel como alternativa para reduzir custos de aquisição de equipamentos como por exemplo, o aluguel de andaimes. Ou seja, o cenário exige cautela, mas abre espaço para estratégias diferenciadas no modelo de franquias".

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