A pressão por agilidade e qualidade em software tem levado empresas brasileiras a apostar em automação pesada para lidar com falhas em produção. Um exemplo recente é o lançamento de uma plataforma de inteligência artificial (IA) capaz de identificar e corrigir bugs de produção em até 60 segundos, monitorando logs, telemetria e comportamento anômalo do sistema em tempo real. A solução pode reduzir drasticamente o tempo de indisponibilidade, cortar custos com retrabalho e suporte e, ao mesmo tempo, preservar a experiência do usuário final em ambientes críticos, como fintechs, e-commerces e plataformas de atendimento digital.
Em paralelo, cresce a adoção de plataformas integradas de bug tracking e issue management, que tratam defeitos de software não apenas como "erros técnicos", mas como eventos que afetam diretamente a jornada do cliente, o funil de conversão e a receita recorrente. Especialistas afirmam que as equipes mais eficientes unem em um só fluxo os registros de bugs, o histórico do cliente, os dados de uso do produto e o contexto de negócio, permitindo priorizar o que realmente gera impacto e eliminar o ruído de problemas menores ou duplicados.
Para empresários e gestores que não são técnicos, conteúdos introdutórios explicam o que é um bug de forma simples: qualquer comportamento inesperado do sistema, da tela que trava ao relatório que soma errado. Todos com potencial de gerar custos, reclamações e perda de confiança do cliente. Análises sobre benefícios financeiros do bug tracking mostram que um processo estruturado de registro e correção reduz desperdício de tempo, evita que várias pessoas trabalhem no mesmo problema e aumenta a satisfação do usuário — o que, por sua vez, melhora o retorno sobre investimento (ROI) em desenvolvimento de software.
Estudos sobre o custo de erros de software indicam que falhas em produção podem consumir milhões de dólares em suporte, reembolsos, perda de reputação e retrabalho, e que consertar defeitos depois do lançamento pode ser muitas vezes mais caro do que tratá-los ainda na fase de desenvolvimento. Para empresas brasileiras de tecnologia e para empresários que dependem de sistemas próprios, isso significa que um bom relatório de bug pode ser um instrumento direto de economia e proteção de receita.
É nesse ponto, em que técnica, economia e experiência do usuário se cruzam, que começa o trabalho de Alison Luan Fernandes Galvani, engenheiro de software especialista em soluções para bugs de sistema. Bacharel em Engenharia de Software pela UniCesumar e com mais de sete anos de atuação em desenvolvimento back-end e front-end, bancos de dados SQL e metodologias ágeis, Alison construiu sua carreira justamente em cima da pergunta que mais assombra gestores de tecnologia: como transformar relatos confusos de erro em informação estruturada, acionável e barata de resolver? Sua trajetória inclui passagem por ambientes de alta demanda, como Elotech Gestão Pública (software para prefeituras), One Support (infraestrutura, VoIP e suporte de TI) e, principalmente, One Portaria Inteligente.
Feedback não estruturado pode virar insights reproduzíveis, priorizáveis e rastreáveis, encurtando o ciclo de correção. Sua contribuição em frameworks baseados em ontologia, voltados à experiência do usuário não técnico, transforma feedback livre em campos semânticos que facilitam classificação automatizada, deduplicação e priorização. "Um relatório de bug eficiente pode gerar a resolução de problemas sem interação adicional do usuário. Isso pode aprimorar, otimizar e acelerar o processo de identificação e reparo/restauração, economizando tempo e recursos", explica Alison.
Para Galvani, a educação do usuário sobre o que caracteriza um bug e como descrevê-lo é estratégica para a qualidade, sobretudo em ambientes de alta cadência de release. Ele cita que definições acessíveis e checklists simples reduzem ruídos entre times técnicos e áreas de negócio. "Quando o front descreve o problema com linguagem simples e indica como reproduzir, a engenharia ganha horas preciosas", explica. Ele destaca que educar usuários e times sobre o que é "bug" e como descrevê-lo reduz ambiguidades desde a origem do problema. "Relatórios de qualidade começam na ponta: quanto mais contexto reproduzível e menos jargão, mais rápida é a resposta", completa.
O especialista acrescenta que times ágeis se beneficiam de ferramentas que capturem anexos, passos de reprodução, ambientes e logs, integradas a fluxos de triagem e métricas de qualidade. Em sua visão, um pipeline consistente de reporte/triagem evita acúmulo no backlog e dá visibilidade sobre gargalos. "Quando a coleta é estruturada, o lead time de correção cai e a taxa de defeitos por sprint fica sob controle. Sem padronização de coleta, a triagem vira gargalo; com ela, a equipe ganha fluxo e foco", afirma.
Ao longo dessa jornada, Alison se especializou em frameworks de relatórios de bugs orientados a ontologias, que são modelos que organizam o conhecimento sobre falhas de software em categorias claras, relações e significados. Segundo o portal Universo dos Negócios, o seu trabalho de conclusão de curso (TCC) foi reconhecido como TCC destaque de 2019, sendo premiado como melhor TCC em Engenharia de Software da Faculdade UniCesumar, sendo posteriormente publicado como artigo científico em uma revista científica internacional. Nessa linha, ele tem se dedicado a disseminar sua pesquisa para relatar bugs em sistemas, aproximando a pesquisa de ponta das dores diárias de empresas que dependem de softwares para faturar.
Para empresas e empresários de software, o recado de Alison Galvani é direto: investir em relatórios de bug eficientes deixou de ser luxo técnico e se tornou estratégia de negócios. Um pipeline moderno de defeitos, que, apoiado em IA, métricas, frameworks baseados em ontologia e ferramentas adequadas, reduz custos, protege a reputação da marca e aproxima o cenário ideal de entrega perfeita ao usuário. "Um sistema que pode até ter falhas, mas que reage a elas com velocidade, inteligência e foco no que realmente importa para o cliente", finaliza Galvani.




