Estudantes da Escola Técnica Estadual (Etec) Profª Ermelinda Giannini Teixeira, localizada em Santana de Parnaíba, desenvolveram um drone aquático com materiais reaproveitados para monitoramento ambiental do Rio Tietê e de córregos da região. O equipamento, batizado de Loca (sigla para Lixo, ODS, Consumo e Água), utiliza sensores digitais de turbidez, temperatura, umidade do ar, pH e GPS.
O projeto, idealizado pela professora Elaine Amorim Teixeira e apoiado pelo professor Rafael Oliveira, da equipe de Robótica Paula Souza, busca promover ações de preservação ambiental e engajamento comunitário por meio de uma abordagem interdisciplinar. A iniciativa adota metodologias de ensino como a Aprendizagem Baseada em Projetos e está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).
Com cerca de 12 quilômetros monitorados entre Santana de Parnaíba e Cajamar, o drone permite a identificação de pontos de poluição e contribui para o plantio de espécies nativas da mata ciliar, favorecendo a recuperação de ecossistemas. O retorno de animais silvestres como o tapiti, espécie nativa de coelho ameaçada de extinção, é um dos resultados observados. O design do drone inclui estruturas que remetem às “orelhas” do animal.
Além das ações ambientais, o projeto também incentiva o diálogo com o poder público e a participação de outras escolas técnicas, organizações sociais e moradores da região. Os alunos envolvidos destacam o impacto da experiência em sua formação pessoal e profissional.
A iniciativa foi selecionada como finalista da terceira edição da Olimpíada Brasileira de Restauração de Ecossistemas – Restaura Natureza, promovida pelo WWF-Brasil em parceria com a associação Quero na Escola. O resultado da premiação será divulgado em agosto. O projeto também já foi reconhecido em eventos como a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) e o Fórum Brasil de Gestão Ambiental.
