Criminosos estão utilizando sites falsos que simulam a página oficial do Enem 2025 para aplicar golpes e obter dados pessoais de usuários. Os endereços fraudulentos são promovidos por meio de anúncios patrocinados em ferramentas de busca, como o Google, e pedem informações como CPF, além do pagamento de uma taxa para uma suposta inscrição — que ainda não foi iniciada.
De acordo com o calendário divulgado pelo Ministério da Educação (MEC), as inscrições para o Enem 2025 ocorrerão entre os dias 26 de maio e 6 de junho. O procedimento deverá ser realizado exclusivamente pela Página do Participante, acessível por meio do login da conta gov.br. Qualquer outro endereço eletrônico é considerado falso.
As páginas fraudulentas costumam adotar domínios com nomes semelhantes a “Enem” ou “Inep” (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) e, em versões mais elaboradas, reproduzem o layout da plataforma oficial. Alguns desses sites solicitam pagamento de cerca de R$ 85, alegando que a inscrição só será validada após a quitação imediata da taxa. Na prática, a inscrição não é realizada, e os dados inseridos podem ser utilizados para fins ilícitos.
O Inep informou que monitora sites com aparência similar ao oficial e atua em conjunto com a Polícia Federal para apurar tentativas de fraude.
O Google, por sua vez, afirmou que proíbe conteúdos enganosos em seus serviços e declarou ter removido 5,1 bilhões de anúncios em 2024 em escala global — sendo 201 milhões no Brasil e 1,3 milhão de contas suspensas. A empresa também afirmou empregar sistemas de inteligência artificial para detectar páginas fraudulentas e bloquear conteúdos suspeitos, além de disponibilizar ferramentas para denúncias de anúncios irregulares.
Os golpes se disseminam principalmente por meio de buscas com termos como “inscrição Enem 2025”, “Inep Enem” ou “prova Enem 2025”, que acionam os links patrocinados falsos nos resultados. Ao acessar essas páginas, o usuário é direcionado a formulários que pedem dados pessoais, seguidos de cobranças indevidas.
As autoridades recomendam que candidatos consultem apenas os canais oficiais do governo federal para informações sobre o exame.