O Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, 19 de novembro, visa valorizar o papel das mulheres na economia. A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e oficializada em 2024. A iniciativa ressalta o crescimento da presença de mulheres em diferentes setores, inclusive em áreas tradicionalmente masculinas.
A autonomia para as mulheres trabalharem teve início com a publicação do Estatuto da Mulher Casada, em 1962. O novo Código Civil, de 2002, consolidou a igualdade jurídica plena entre homens e mulheres.
No Brasil, conforme relatório técnico do Sebrae ,publicado em 2024 estima-se a existência de cerca de 30 milhões de empreendedores, sendo que aproximadamente 10 milhões de negócios são liderados por mulheres.
“A mulher empreendedora, em sua maioria, é líder multitarefa, com responsabilidades familiares e domésticas, comprometida em criar autonomia financeira. A liderança feminina se destaca ao alinhar inovação com equidade, resultados com propósito e competição com colaboração”, salienta Vininha F. Carvalho, administradora de empresas, economista e editora da Revista Ecotour News & Negócios.
Um estudo inédito da Serasa Experian, divulgado em novembro de 2025, analisou 23 milhões de empresas ativas no Brasil e revelou que negócios comandados por mulheres apresentam 20% menos inadimplência em comparação aos liderados por homens.
Segundo o relatório Women in the Workplace 2024 (McKinsey & LeanIn.Org), cerca de 48% dos profissionais em funções de entrada são mulheres, mas essa proporção diminui nos níveis de liderança sênior e vice-presidência. Promover a equidade de gênero, portanto, não é apenas uma questão de justiça social, mas também uma estratégia de inovação e crescimento sustentável.
Para o empresário e mentor Paulo Motta, fundador da Agência Blays, da The Networkers Club e da IMvester, a força das mulheres no empreendedorismo não está apenas nos números, mas na maneira como constroem negócios. “A mulher empreendedora traz uma visão multifacetada, que combina sensibilidade, análise de risco e execução com precisão. Ela pensa o negócio de forma integrada, com foco em resultado, mas também em propósito”, afirma.
“A mulher do século XXI conquistou seu espaço como empreendedora, independente, qualificada e autoconfiante. A autoconfiança serve para que a mulher consiga vencer os seus desafios. A mulher deve atuar na sociedade com inteligência e força, sem perder a sua delicadeza”, conclui Vininha F. Carvalho.




