Com a proximidade das festas de fim de ano, cresce não apenas o volume de compras online e transações financeiras, mas também a atuação de golpistas que se aproveitam do período para aplicar fraudes digitais. Especialistas em segurança alertam que, entre novembro e janeiro, costuma haver aumento significativo de tentativas de golpes envolvendo links falsos, sites fraudulentos e mensagens que simulam ofertas ou comunicados de bancos.
Segundo empresas do setor, o pico de ataques ocorre durante datas Natal e Ano-Novo, quando consumidores estão mais suscetíveis a promoções e maior movimento nas plataformas de comércio eletrônico.
Entre os golpes mais comuns estão mensagens enviadas por e-mail, SMS ou aplicativos de conversa que direcionam o usuário para páginas falsas. Nessas plataformas, os criminosos solicitam dados pessoais ou financeiros, como senhas e códigos enviados por instituições bancárias. Também crescem as tentativas de phishing por meio de anúncios de produtos com preços muito abaixo do mercado.
Para reduzir riscos, especialistas recomendam que o consumidor adote cuidados simples, mas essenciais. Uma das orientações é evitar clicar em links enviados por contatos desconhecidos ou por mensagens que prometem descontos expressivos. Em caso de dúvida, a recomendação é acessar diretamente o site oficial da empresa ou utilizar os aplicativos oficiais.
Outra medida importante é habilitar a autenticação em duas etapas em serviços de e-mail, redes sociais e plataformas bancárias. O mecanismo adiciona uma camada de proteção ao exigir um segundo código de verificação sempre que houver tentativa de acesso à conta.
Os especialistas também destacam que o usuário nunca deve compartilhar senhas ou códigos de segurança com terceiros, nem mesmo quando a solicitação parece ter sido feita pelo banco. Instituições financeiras não pedem esse tipo de informação por telefone, mensagem de texto ou redes sociais.
Nas compras online, a orientação é verificar se o site possui certificados de segurança e observar a reputação da loja. Plataformas desconhecidas devem ser evitadas, principalmente quando apresentam preços muito abaixo do padrão.
No caso de golpes envolvendo Pix, consumidores devem redobrar a atenção ao conferir chaves de pagamento e dados do recebedor antes da transferência. Em situações suspeitas, é possível acionar os bancos e registrar reclamação por meio do Mecanismo Especial de Devolução, ferramenta do Banco Central para contestação de transações suspeitas.
As autoridades reforçam que, diante de qualquer operação que pareça fora do usual, é importante interromper imediatamente a ação e buscar canais oficiais de atendimento. Em caso de prejuízo, a orientação é registrar boletim de ocorrência e comunicar a instituição financeira o mais rápido possível.
Com maior circulação de dinheiro e alta demanda por compras e serviços no fim do ano, a recomendação geral é manter atenção contínua e adotar práticas preventivas para evitar transtornos em um dos períodos de maior movimento no ambiente digital.
