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quarta-feira, 17 dezembro 2025
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Proteção financeira acessível entra no radar dos brasileiros

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A Superintendência de Seguros Privados (Susep) registrou um crescimento expressivo no setor de proteção de pessoas. Entre janeiro e setembro de 2025, o seguro de vida, por exemplo, avançou 12,13%, acumulando R$ 164,82 bilhões em arrecadação nos nove primeiros meses do ano.

O movimento, que acontece em um cenário de incerteza econômica e mudanças no comportamento do consumidor brasileiro, sinaliza maior atenção das famílias brasileiras por soluções simples, ágeis e acessíveis de proteção financeira — como serviços de seguro de vida e pecúlio por morte.

Crescimento do mercado e lacuna de proteção

O avanço desse tipo de proteção financeira não é isolado. Ele se insere em um contexto mais amplo de busca por mecanismos que ofereçam amparo imediato em momentos de perda, sem burocracia excessiva e com custos compatíveis com o orçamento de grande parte da população.

Apesar disso, a proteção ainda atinge uma parcela restrita da população. Segundo a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), apenas 18% dos brasileiros contam com algum tipo de seguro de vida. O indicador mostra tanto a vulnerabilidade das famílias quanto o amplo espaço para expansão de produtos complementares, como o pecúlio.

"Quando olhamos para esse número, fica evidente que existe um potencial enorme de conscientização e inclusão", afirma Samuel Corrêa, gerente-geral da AUX — entidade com 140 anos de atuação em proteção financeira, que administra atualmente 80 mil coberturas ativas de pecúlio.

O que é pecúlio (e por que tem ganhado força no Brasil)

O pecúlio por morte é um benefício pago aos dependentes em caso de falecimento do titular, especialmente voltado a famílias de renda média que buscam alternativas viáveis aos produtos tradicionais de seguro e previdência.

A proteção consiste no pagamento de um valor previamente contratado aos beneficiários do titular, em parcela única. Ao contrário do seguro de vida tradicional, a solução não exige renovações anuais e possui regras de funcionamento mais previsíveis ao longo do tempo.

Para Corrêa, a simplicidade operacional do pecúlio — incluindo a dispensa de etapas como o inventário para a liberação dos recursos — explica parte do aumento do interesse. Segundo ele, a contratação também tende a ser direta, sem exigência de exames médicos, o que amplia o acesso a diferentes perfis de consumidores.

Outro aspecto destacado pelo gerente da AUX é a amplitude das coberturas, geralmente sem exclusões comuns em seguros convencionais. "Esses fatores tornam o pecúlio uma alternativa especialmente atrativa em um país onde a pressão do custo de vida afasta grande parte da população de soluções mais robustas de proteção familiar", avalia.

Segundo Corrêa, a percepção de risco costuma surgir com mais força a partir dos 40 anos. "O problema é que, nesse momento, produtos de proteção ficam significativamente mais caros. Quando o interesse desperta tarde, o esforço financeiro necessário também aumenta, e isso reduz a adesão. Por esse motivo, fortalecer a conscientização antecipada é um desafio central".

Momentos de crise e a busca por proteção

Para o gerente da AUX, é perceptível no setor o aumento da demanda por coberturas de proteção em períodos de crise. Ele cita como exemplo a pandemia de covid-19. "Diante da maior percepção de vulnerabilidade, muitas pessoas buscaram alternativas para resguardar seus dependentes", explica.

Situação semelhante foi observada, segundo ele, após as enchentes no Rio Grande do Sul, em 2024. A tragédia reforçou a importância de seguros residenciais e de serviços de proteção emergencial. "Em momentos de instabilidade, as pessoas passam a olhar os riscos de forma mais concreta e valorizam soluções que ofereçam amparo imediato", observa Corrêa.

Proteção vitalícia ganha relevância

O caráter vitalício da cobertura de pecúlio em diversas instituições também se destaca, segundo o gerente da AUX. Na prática, isso significa que o contratante tem direito de permanência, sem risco de cancelamento unilateral — situação que não é possível em seguros tradicionais, que precisam ser renovados ano a ano.

"No pecúlio vitalício, a instituição não pode encerrar a cobertura por decisão própria. Esse modelo oferece estabilidade e tranquilidade, especialmente para quem teme perder a proteção em um momento de maior fragilidade", explica Corrêa. "Com o aumento da longevidade da população, essa previsibilidade se torna ainda mais relevante", reforça.

Digitalização e a transformação do mercado

Embora o setor de seguros seja tradicional, o movimento de digitalização vem ganhando força. A Susep tem flexibilizado a regulação para permitir novos modelos de contratação digital, integrando plataformas e corretores.

"A digitalização tende a colocar mais produtos na palma da mão do cliente, sem eliminar o papel do corretor", afirma o gerente da AUX. Segundo ele, o desafio do mercado é equilibrar simplicidade tecnológica com orientação qualificada, especialmente para públicos que ainda têm dificuldade de compreender as diferenças entre os tipos de proteção disponíveis.

Para Corrêa, a expectativa do setor é que, nos próximos anos, produtos como o pecúlio se tornem ainda mais acessíveis e com jornadas de contratação e atendimento mais rápidas.

Perspectivas para o futuro

No mercado, os dados referentes à busca por proteção apontam para um crescimento contínuo de alternativas como o pecúlio, impulsionado por três pilares: educação financeira, digitalização e simplificação dos produtos. Com grande parte da população ainda desprotegida e sujeita a riscos financeiros inesperados, a expectativa é que soluções acessíveis e estáveis continuem ganhando força.

"Uma explicação simples aumenta a chance de o consumidor compreender a relevância da cobertura e tomar a decisão de contratar", conclui Corrêa. Segundo ele, tornar a jornada mais transparente e intuitiva deve ser um dos principais vetores de crescimento do pecúlio.

Sobre a AUX

Fundada em 1885, em Ouro Preto (MG), a AUX atua no segmento de previdência e proteção financeira, conforme regulação da Susep. A empresa é sediada em Belo Horizonte e possui operação nacional.

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