A Polícia Civil investiga a morte de um jovem de 17 anos eletrocutado enquanto trabalhava em um canteiro de obras na Alameda Rio Negro, 1356, em Alphaville, Barueri, nesta quinta-feira (17).
A vítima completaria 18 anos no dia 22 deste mês. O endereço, que já abrigou a sede da operadora de saúde Amil, está atualmente sob responsabilidade das incorporadoras NLS e Rainha. O caso será investigado por agentes do 2º DP de Alphaville.
Segundo denúncia anônima enviada à reportagem nesta sexta-feira (18), a tragédia teria ocorrido após semanas de alertas feitos a diferentes órgãos, inclusive com registro junto à Secretaria de Obras de Barueri, Ministério Público, além de contatos com a Ouvidoria Municipal e a AREA. Entre os problemas apontados estão a ausência de alvará visível, riscos estruturais, barulho excessivo, além de propaganda irregular de um showroom exclusivo.
Após a morte do trabalhador, o denunciante reforçou o pedido ao Ministério Público, cobrando providências urgentes, entre elas, o embargo da obra e sua interdição total.
Prefeitura diz que obra tinha alvará
Em nota, a Prefeitura de Barueri, por meio da Secretaria de Planejamento e Urbanismo, afirmou que a obra em questão possui Alvará de Demolição nº 334/2024, emitido em 4 de outubro de 2024. A administração municipal destacou ainda que a responsabilidade pela segurança dos trabalhadores e cumprimento das normas técnicas é da empresa executante e de seus responsáveis técnicos, conforme previsto nas Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho.
“Cumpre destacar que a responsabilidade integral pela execução da obra, abrangendo a adoção de todas as medidas de segurança do trabalho e o cumprimento das normas técnicas aplicáveis, é exclusiva do Responsável Técnico pela obra, da empresa executante e de seus profissionais legalmente habilitados”, diz a nota da Prefeitura.
Até o momento, a incorporadora não retornou as solicitações de contato feitas pela reportagem. A AREA também não falou com a redação. O Jornal de Barueri segue à disposição.