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segunda-feira, 21 julho 2025
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Caso Adalberto: polícia investiga ocultação e obstrução em assassinato no Autódromo

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A investigação sobre a morte do empresário Adalberto Amarilio Júnior, de 35 anos, morador de Aldeia da Serra, encontrado dentro de um buraco no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, em junho, ganhou novos desdobramentos nesta sexta-feira (18). A Polícia Civil revelou informações que colocam dois seguranças do evento no centro da apuração.

Durante coletiva de imprensa, o delegado adjunto Osvaldo Nico informou que dois seguranças que atuaram no evento não constavam na lista oficial enviada à polícia pela empresa responsável pela vigilância. Um deles exerce função de chefia. O outro é Leandro Thallis, lutador de jiu-jitsu, com porte físico avantajado e antecedentes criminais por furto, associação criminosa, ameaça e lesão corporal.

Flagrante por porte ilegal de arma

Durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão na residência de Thallis, na manhã do mesmo dia, o segurança foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo. A ação integra o conjunto de diligências realizadas no âmbito das investigações sobre o assassinato de Adalberto.

Embora tenha sido liberado no mesmo dia após pagamento de fiança de aproximadamente R$ 1.800, a polícia apreendeu dois celulares e um notebook do investigado. Os dispositivos estão agora sob análise da perícia.

Celulares apagados e suspeita de ocultação de provas

Segundo o delegado, os celulares entregues estavam completamente apagados, sem qualquer dado armazenado, o que reforça a hipótese de tentativa de encobrimento de provas.

“Não podemos afirmar a autoria neste momento. Seria leviano. Mas é evidente que esses dois têm muito a explicar. Os aparelhos já estão com a perícia”, declarou Nico.

O delegado também destacou que, no dia seguinte ao crime, nenhum dos dois seguranças apareceu para trabalhar, comportamento que aumenta a desconfiança sobre o envolvimento deles. “É uma ausência incomum, especialmente vinda de quem ocupa posições estratégicas na segurança de um grande evento”, afirmou.

Laudos confirmam asfixia e indicam que vítima foi enterrada viva

O laudo necroscópico do Instituto Médico Legal (IML) confirmou que a causa da morte foi asfixia. A presença de terra nas vias aéreas da vítima indica que Adalberto ainda estava vivo quando foi jogado no buraco. Além disso, o corpo apresentava escoriações no pescoço, compatíveis com um golpe de estrangulamento, como o mata-leão, movimento comum em lutas de jiu-jitsu.

As investigações seguem em andamento. A polícia busca esclarecer o envolvimento dos seguranças ocultados da escala, as razões para a exclusão dos nomes na documentação oficial, e a possível destruição de provas digitais que poderiam revelar a dinâmica do crime.

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