A Defesa Civil do Estado de São Paulo emitiu alerta para risco elevado de incêndios em praticamente todas as regiões paulistas ao longo dos próximos dias. As condições mais críticas estão previstas para esta quinta (17) e sexta-feira (18), quando a combinação de temperaturas elevadas, predomínio de sol e umidade relativa do ar abaixo de 30% eleva as chances de queimadas.
Segundo o órgão, o índice de umidade poderá atingir níveis considerados críticos, o que agrava o risco de incêndios, sobretudo em áreas florestais. O coordenador estadual de Proteção e Defesa Civil, tenente-coronel Araújo Monteiro, orientou a população a evitar ações que possam provocar focos de fogo, como descarte de bitucas de cigarro em rodovias, queima de lixo ou soltura de balões.
A partir de sábado (19), uma frente fria deve atingir a faixa leste do estado, aumentando os índices de umidade e reduzindo o risco de queimadas nessa região. No entanto, no interior paulista, os efeitos da mudança climática não devem ser sentidos, e o risco permanece alto. Na segunda-feira (21), novas áreas do estado, especialmente no extremo norte, podem entrar em estado de emergência.
Desde 1º de junho, o governo estadual está na fase vermelha da Operação SP Sem Fogo. A estratégia reúne ações da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e órgãos ambientais e tem como foco a prevenção e o combate a queimadas. Uma das novidades deste ano é a utilização de tecnologia cell broadcast para o envio de alertas à população sobre umidade abaixo de 12% e focos de incêndio próximos a áreas urbanas.
Também foi incorporado o alerta georreferenciado gerado pelo sistema SMAC, que identifica focos de calor em áreas próximas a reservas ambientais. Quando detectado, um aviso automático é enviado à Defesa Civil e aos gestores das unidades de conservação.
Além das medidas tecnológicas, mudanças na legislação foram adotadas pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil). A Resolução SIMA 05/2021 foi atualizada em abril, criando multa específica para proprietários rurais que não adotarem medidas preventivas contra incêndios florestais. As penalidades variam entre R$ 5 mil e R$ 10 milhões, com multa de R$ 3 mil por hectare atingido em áreas produtivas, podendo dobrar em situações mais graves, como incêndios em terras indígenas.
A operação recebeu R$ 11 milhões da Fundação Florestal para ações de combate a incêndios, incluindo
