Nesta terça-feira (22), familiares e amigos de Kewven Nicolas realizaram uma manifestação em frente ao canteiro de obras onde o jovem morreu eletrocutado enquanto trabalhava, na Alameda Rio Negro, 1356, em Alphaville, Barueri. A data marcaria o aniversário de 18 anos de Kewven. O grupo colocou flores, cartazes e fotos no tapume.
O local, que anteriormente abrigava a sede da operadora de saúde Amil, está atualmente sob responsabilidade das incorporadoras NLS e Rainha. O caso está sendo investigado pelo 2º Distrito Policial de Alphaville.
Durante o protesto, a avó da vítima fez um apelo por justiça. “Hoje meu neto estaria completando 18 anos. Ele foi colocado em uma caixa de força para fazer uma ligação elétrica e morreu. Não era a área dele. Estou aqui pedindo por justiça, até porque a obra prosseguiu mesmo após a tragédia”, afirmou emocionada.
Alertas sobre risco iminentes
De acordo com um denunciante anônimo, diversos órgãos públicos foram alertados sobre riscos iminentes de acidentes no local, entre eles a Prefeitura, a Area e o Ministério Público. Após a morte de Kewven, ele reforçou a denúncia ao MP, solicitando providências imediatas, como o embargo e a interdição total da obra.
Em nota, a Prefeitura de Barueri informou que a obra possui Alvará de Demolição nº 334/2024, emitido em 4 de outubro de 2024. A administração municipal ressaltou que a responsabilidade pela segurança dos trabalhadores e pelo cumprimento das normas técnicas é da empresa executante e de seus responsáveis técnicos.
Procurada pela reportagem, a incorporadora responsável e a Area ainda não responderam aos pedidos de esclarecimento. O Jornal de Barueri permanece à disposição para futuras manifestações.